Caso Clínico
Paciente feminino, 71 anos, chega a UTI-Cardíaca encaminhada
para implante de marcapasso definitivo (MPD) com o ECG abaixo. Percebam que
trata-se de um BAVT (bradicardia ventricular importante, com ondas
"p" isoladas sem relação com QRS) com episódios de TV. A avaliação do
pulso apresentava FC = 17 bpm (a TV qdo ocorria era sem pulso). Realizada
cineangiocoronariografia que evidenciou coronárias normais. Prossegue implante
de MPD (que diga-se de passagem foi com muita emoção). Realizo sedação
para implante do MPD (Midazolam + baixa dose de Fentanil) e a FC caiu para cerca
de 10 bpm (não responsiva a atropina - "nesse momento rezei para que o
eletrodo ventricular passasse fácil e rapidamente"). O eletrodo teve dificuldade
para entrar no ventrículo e ao entrar nessa câmara a paciente FIBRILOU...
solicitei carregamento imediato do desfibrilador pela enfermagem (que os
senhores sabem, demora alguns segundos), já ia tirando os campos para MCE,
qdo o cirurgião deu um SOCO PRECORDIAL (funciona mesmo... rsrsrs) e a paciente
imediatamente retornou ao ritmo preexistente. O eletrodo ventricular foi
posicionado e o MP passou a comandar. A paciente saiu da sala de hemodinâmica estável. Teve
alta para enfermaria no dia seguinte.
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